MARISA CAJADO - MÚSICAS MEDIÚNICAS DE ATAULFO ALVES
Descrição:
Playlist com músicas recebidas mediunicamente por Marisa Cajado pelo espírito Ary Barroso.
=== Nota da Marisa Cajado: A maioria das músicas estão gravadas caseiramente, apenas com o violão, somente para deixar arquivado. Se alguém quiser gravar, só entrar em contato comigo. A única ressalva é que elas só poderão ser comercializadas com fim beneficente. ===
Biografia de Ataulfo Alves:
Ataulfo Alves de Sousa (Miraí MG 1909 -
Rio de Janeiro RJ 1969). Compositor e violonista. Seus pais, Severino de Sousa
e Matilde de Jesus, têm sete filhos. O pai, violeiro, sanfoneiro e repentista
conhecido na região mineira da Zona da Mata, morre em 1919. Ataulfo é obrigado
a ajudar no sustento da casa: trabalha como leiteiro, carregador de malas,
engraxate, lavrador, entre outras atividades. Mesmo assim continua a estudar e
se forma no grupo escolar Dr. Justino Pereira. Sua vida na pequena cidade
mineira é cantada mais tarde nos sambas
Meus Tempos de Criança (1957), Minha
Infância (1962) e Reta Final
(1962).
Aos 18 anos, se transfere para o Rio de
Janeiro, acompanhando o doutor Afrânio Moreira de Resende,. Na capital federal
(até 1960), trabalha no consultório do médico e à noite faz limpeza e outros
serviços na casa da família. Em seguida emprega-se como lavador de vidros em
algumas farmácias e, posteriormente, torna-se manipulador de remédios. Casa-se
e passa a morar em Rio Comprido. Nesse bairro começa a tocar violão, cavaquinho
e bandolim com seu conjunto nas rodas de samba e, no início da década de 1930,
atua como diretor de bateria no bloco de samba Fale Quem Quiser. Ao escutá-lo
em 1933, Bide leva-o à gravadora Victor, que registra Tempo Perdido, com Carmen Miranda.
Com o início da carreira artística, seu
primeiro sucesso chega em 1935 com Saudade
do Meu Barracão. Começa então a compor com Bide, Claudionor Cruz e
Wilson Batista e vários intérpretes, como Silvio Caldas, Carlos Galhardo,
Orlando Silva, Aracy de Almeida e Ciro Monteiro, passam a gravar suas músicas.
Ataulfo Alves inicia a década de 1940 em ascensão e em 1942 grava Ai que Saudades da Amélia, parceria
com Mário Lago, com quem compõe também Atire e Primeira Pedra, em 1944. Nessa
época, funda o conjunto Ataulfo Alves e Suas Pastoras com o objetivo de gravar
as próprias canções.
Nas décadas seguintes Ataulfo Alves,
continua a compor sucessos (Mulata
Assanhada, 1956), sambas dor de cotovelo, mais adequados à época (como Errei Sim, 1950; Doeu, 1954; Pois É, 1954), gravando com suas pastoras e apresentando-se em
vários espetáculos. Os intérpretes do período seguem interessados em gravá-lo,
como Linda Batista, Dalva de Oliveira e Nora Ney. Além disso, Ataulfo atua na
defesa dos direitos dos autores na União Brasileira dos Compositores (UBC). Nos
anos 1960 viaja para a Europa em excursão organizada por Humberto Teixeira e
também para a África. Grava LPs, que trazem sucessos como Na Cadência do Samba (1962) e Laranja Madura (1966). Clara Nunes
grava Você Passa e Eu Acho Graça (1968), música composta
em parceria com Carlos Imperial. Em 1969, é operado e, após complicações, morre
no dia 20 de abril.